A Malária é uma das principais doenças tropicais do mundo e ainda representa uma grande ameaça para a saúde pública em muitos países. Infelizmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o progresso na redução da doença estagnou, persistindo como uma ameaça à saúde e à vida das pessoas. Em 2022 foram registrados 249 milhões de novos casos e 608 mil mortes em todo o mundo.
A Malária é uma doença infecciosa causada pelos protozoários Plasmodium falciparum, P. vivax e P. malariae, transmitida pela picada da fêmea do mosquito do gênero Anopheles infectada por uma ou mais espécies do Plasmodium.
Como a Malária afeta diferentes populações?
A região africana contabilizou 94% dos casos globais de Malária, respondendo ainda por 95% dos registros de morte em decorrência da doença. Populações rurais que vivem em situação de pobreza e com menos acesso à educação são as mais atingidas, assim como as crianças, que representam quatro em cada cinco óbitos relacionados à infecção no continente.
No caso das Américas, mineradores, trabalhadores agrícolas e refugiados estão em particular risco de Malária, respondendo entre 29% e 64% dos casos em alguns países. As populações indígenas são as mais afetadas, respondendo entre 25% e 100% dos casos.
Por que a redução da Malária ainda é um desafio?
Embora a incidência de Malária relatada nas Américas tenha diminuído desde 2017, quando 934 mil casos foram registrados, alguns países ainda estão longe de alcançar a meta de redução de 75% até 2025. Isso se deve ao fato de que muitas populações continuam a não ter acesso a intervenções chave, especialmente em áreas remotas e de difícil acesso.
Quais os sintomas da Malária?
Os sintomas mais comuns são febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. Muitas pessoas, antes de apresentarem estas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.
A Malária grave caracteriza-se por um ou mais desses sinais e sintomas: prostração, alteração da consciência, dispneia ou hiperventilação, convulsões, hipotensão arterial ou choque e hemorragias.
Existe tratamento para a Malária?
Sim, após a confirmação da Malária, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves devem ser hospitalizados de imediato. O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário que picou a pessoa, a idade e o peso do paciente, condições associadas, tais como gravidez e outros problemas de saúde, além da gravidade da doença.
Em 2021, OMS aprovou a primeira vacina contra a Malária, fabricada pela farmacêutica britânica GSK, mas a vacina está disponível apenas para alguns países africanos com alta transmissão de Malária por P. falciparum e é exclusiva para crianças pequenas. No Brasil, quase 90% da Malária é causada pelo Plasmodium vivax e não há ainda previsão de alguma vacina eficaz para essa espécie específica.
Conclusão
A Malária ainda representa uma grande ameaça para a saúde de muitas populações em todo o mundo. Para enfrentar esse desafio, é necessário
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