Recuperação extrajudicial das Casas Bahia: estratégias para ações serem impactadas.

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No último domingo (28), o grupo Casas Bahia comunicou ao mercado que fechou um acordo de recuperação extrajudicial (RE) com seus principais credores, os bancos Bradesco e Banco do Brasil Banco do Brasil. Mas afinal, o que é isso e como mexe com as ações da companhia?

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Recuperação judicial x Recuperação extrajudicial

Primeiro de tudo, é preciso entender que há uma diferença entre uma recuperação extrajudicial (caso das Casas Bahia) para uma recuperação judicial (como foi, por exemplo, com a Americanas). Como o próprio nome sugere, a recuperação extrajudicial acontece fora das vias judiciais. Portanto, o Poder Judiciário não está auxiliando ou intermediando o acordo. Nesse caso, a empresa pode negociar diretamente com seus credores e elaborar um acordo que poderá ou não ser homologado por um juiz.

Segundo Julia Monteiro, analista da MyCap, uma recuperação extrajudicial tende a ser menos custosa e burocrática, mas envolve menos garantias, o que pode se refletir em uma volatilidade alta das ações.

"A recuperação extrajudicial é diferente da judicial, porque a recuperação judicial costuma ser mais custosa e burocrática, dentro do âmbito judicial, como foi com a Americanas. E ela envolve mais garantias dentro do acordo feito", afirma.

Segundo a analista, as ações das Casas Bahia podem sofrer no pregão desta segunda-feira (29), porque uma recuperação extrajudicial traz consigo muitas incertezas a respeito do que deve acontecer no futuro.

O acordo não foi exatamente uma novidade

Segundo a especialista, esse movimento de um acordo extrajudicial já vinha se desenhando, uma vez que os resultados da companhia já mostravam uma dificuldade na geração de caixa. Portanto, era previsto que a empresa precisasse de algum tipo de plano para se recuperar.

"O fato é que ela vinha apresentando muita dificuldade em ciclos trimestrais, com grande dificuldade de capital de giro, emitindo muitas debêntures. A questão agora é que funcionários e credores certamente ficarão muito temerosos. A ação deve cair bastante, por conta de maior risco. Porque, na verdade, a ação é um reflexo do todo e o valor da empresa e ele deve cair bastante dada essa situação", diz.

Para a analista, um outro detalhe que pode atrapalhar a companhia nesse momento é justamente a taxa de juros ainda alta no Brasil, que torna a própria dívida das Casas Bahia maior e também penaliza o próprio varejo (e, portanto, dificulta a companhia de ter uma recuperação melhor no negócio).

José Daronco, analista da Suno Research, concorda que o cenário é desafiador não só para a companhia, mas para o segmento todo. "As empresas se endividaram no período pós-pandemia, com juros mais baixos, e à medida que juros e inflação subiram, elas se encontraram mais alavancadas e com queda nas vendas", afirma.

Segundo o especialista, desde ano passado, a empresa vem tentando fazer um processo de reestruturação não só financeiro como operacional, com fechamento de lojas e tentativas de renegociação de dívidas.Agora que o acordo foi firmado, no entanto, a previsão do analista é positiva.

Segundo o Valor Econômico, o acordo com o Banco do Brasil e Bradesco propõe que a empresa pague sua dívida bruta (atualmente em R$ 4,1 bilhões) em 72 meses e com um custo médio menor, de CDI (taxa que segue de perto a Selic) mais 1,2% ao ano.

O lado positivo (inclusive nas ações)

Para Phil Soares, analista da Órama, essa melhora


Por /Nathália Larghi


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