Terrorismo é usado politicamente para convencer russos de que só Putin pode protegê-los | Estratégia

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O atentado contra o principal centro de convenções de Moscou, na sexta-feira, coincidiu com a inclusão, pelo governo russo, dos defensores dos direitos dos homossexuais na lista de terroristas. Os sacrifícios dos russos sob a autocracia de Vladimir Putin se agravam e, paradoxalmente, sua dependência dele.

Pelo menos 133 pessoas morreram e 121 foram hospitalizadas. O Estado Islâmico Khorasan (Isis-K), filial do grupo no Afeganistão, reivindicou o ataque. A mídia estatal russa anunciou que os quatro suspeitos são do Tajiquistão, ex-república soviética de maioria muçulmana.

Quem são os responsáveis pelo ataque em Moscou?

Em discurso à nação, Putin afirmou que os quatro autores do atentado foram detidos. “Eles tentaram se esconder e se deslocaram rumo à Ucrânia, onde, de acordo com dados preliminares, uma janela estava preparada para eles do lado ucraniano para cruzarem a fronteira.”

Prevendo que o Kremlin tentaria envolvê-lo, o governo ucraniano negou participação logo depois do atentado. A Ucrânia tem feito ataques com mísseis e drones aéreos e marítimos contra alvos russos. Milícias russas contrárias ao regime atacam áreas na Rússia. São ações militares convencionais, não terroristas.

Qual é a relação entre o governo ucraniano e o atentado em Moscou?

Em contrapartida, o Isis-K atacou a embaixada da Rússia em Cabul em 2022, e distribui propaganda anti-russa no Afeganistão. O apoio militar russo à ditadura de Bashar al-Assad foi decisivo para a derrota do Estado Islâmico na Síria. No dia 7, o FSB, serviço secreto russo, anunciou ter prevenido um ataque de uma célula do Estado Islâmico contra uma sinagoga em Moscou.

Como o Estado Islâmico tem impactado as relações políticas na região?

Os 24 anos de Putin no poder são marcados pelo uso político do terrorismo. Em setembro de 1999, explosões em quatro prédios residenciais nas cidades de Moscou, Buynaksk e Volgodonska deixaram 307 mortos e mil feridos. O quinto atentado, em Ryazan, foi frustrado: um casal foi flagrado de madrugada por um morador colocando sacos de explosivos no porão do prédio.

A polícia constatou que os explosivos, detonadores, e sua instalação no porão seguiam o padrão dos outros atentados. A testemunha anotou a placa do carro. O casal e o motorista foram detidos e identificados como agentes do FSB. O caso foi abafado.

Como as autoridades russas têm lidado com os ataques terroristas?

Na época, Putin era primeiro-ministro, depois de ter sido diretor do FSB e secretário do Conselho de Segurança, no governo de Boris Yeltsin. Putin atribuiu os atentados a separatistas da Chechênia, república russa de maioria muçulmana. Centenas de chechenos foram presos sem provas.

Diante das mortes na Ucrânia, dos retrocessos e do terrorismo, boa parte dos russos se torna mais leal a Putin. A alternativa seria concluir que a dor é em vão. Isso a tornaria insuportável.

Autor: Unknown

Autor: Unknown

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