A comissão executiva municipal do PSDB definiu, nesta sexta-feira, 22, que o partido não vai apoiar a reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Em vez disso, a legenda optará por uma candidatura própria na disputa pelo comando da capital. Entretanto, caso não encontrem um nome eleitoralmente viável para liderar a chapa, existe a possibilidade de formarem uma composição com outro candidato. A pré-candidata do PSB, deputada Tabata Amaral (SP), é considerada a opção mais provável nesse cenário.

O posicionamento do PSDB

Segundo o presidente municipal do PSDB, José Aníbal, a decisão de lançar uma candidatura própria ou apoiar outro nome que não seja o de Nunes foi apoiada por nove membros da executiva municipal, com apenas dois votos contrários. O encontro durou cerca de duas horas e, apesar da tendência inicial de adiamento da decisão, houve uma reviravolta após uma nota apócrifa mencionar um suposto apoio majoritário a Ricardo Nunes, o que foi posteriormente desmentido por membros da comissão, levando à maioria apoiar a candidatura própria do partido.

A proximidade entre o prefeito da capital e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi um dos fatores determinantes na decisão do PSDB. A tentativa de Nunes de obter o apoio de Bolsonaro para neutralizar possíveis candidaturas bolsonaristas em São Paulo teve impacto na estratégia do partido. Em contrapartida, o PL ocupará a posição de vice na chapa de Nunes, sujeita à aprovação de Bolsonaro, o que gerou insatisfação e contribuiu para o distanciamento do PSDB.

Insatisfação e Estratégias

Embora a decisão da executiva municipal tenha sido clara, nem todos dentro do partido concordam com ela. Uma parcela da bancada de vereadores do PSDB na Câmara Municipal demonstrou insatisfação e ao menos quatro dos oito vereadores tucanos planejam deixar a legenda para apoiar Nunes. Por outro lado, militantes do PSDB se reuniram em um manifesto de apoio ao prefeito, evidenciando a divisão interna na sigla.

Desdobramentos e Futuro

Ricardo Nunes conta com o apoio de diversos partidos, mas uma aliança com o PSDB poderia fortalecer a ideia de continuidade em relação à gestão anterior. A escolha do vice está sendo adiada, com Milton Leite (União Brasil) manifestando interesse em ser o vice na chapa de Nunes. Outros nomes também estão em consideração para o cargo, em um cenário político incerto e em constante evolução até as convenções partidárias em julho.

Concluindo, as decisões políticas e alianças em São Paulo refletem a complexidade do cenário eleitoral e a dinâmica das relações entre os partidos. A escolha do PSDB de lançar uma candidatura própria e a rejeição à posição de vice em uma possível chapa com Nunes evidenciam as estratégias e conflitos presentes no processo eleitoral na capital.

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