Segurança Alimentar: Como Garantir a Proteção do Consumidor | Estratégias para Enfrentar o Desafio e

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O sociólogo Herbert de Sousa, o Betinho, criou o famoso mote “quem tem fome tem pressa”. O mundo tem hoje mais de 700 milhões de pessoas passando fome, segundo a ONU. No Brasil, um relatório publicado pela entidade no ano passado indicou que 21 milhões de pessoas não têm o que comer.

Qual é a extensão da fome no Brasil?

Esses dados só levam em conta a insegurança alimentar severa, isto é, a fome propriamente dita. Se considerarmos níveis moderados, são 70 milhões de brasileiros afetados pelo problema. Um levantamento de 2022 da Rede Penssan pintava um quadro ainda mais grave: incluídas as famílias que não sabem se conseguirão comer em quantidade adequada num futuro próximo (insegurança alimentar leve), mais da metade do País está privada, em alguma medida, do seu direito fundamental à alimentação.

Como a ciência brasileira está combatendo a fome?

São 125 milhões de pessoas que, como dizia Betinho, têm pressa. Solucionar esse problema, sobretudo num contexto de recuperação pós-pandemia de covid-19, que agravou a fome em escala global, exige um esforço tremendo de todos os atores, sejam eles políticos, acadêmicos, empresariais ou sociais.

Qual é o papel da ciência na segurança alimentar?

Por isso, é muito bem-vinda a publicação da obra Segurança Alimentar e Nutricional: o papel da ciência brasileira no combate à fome, pela Academia Brasileira de Ciências. O livro é organizado por Mariangela Hungria, referência mundial em microbiologia, e conta com a colaboração de 41 cientistas que, por um lado, expõem as conquistas do País no desenvolvimento de tecnologias inovadoras para a produção de alimentos e, por outro, mapeiam as possibilidades de avanço.

Hunger

A obra evidencia como o problema da fome não é técnico, mas social e político. Segundo o IBGE, o Brasil produziu no ano passado impressionantes 300 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas. Há capacidade objetiva, portanto, para alimentar todos, mas faltam políticas para a alocação correta desses recursos e incentivo à produção que de fato chegue à mesa dos brasileiros.

Qual é a importância da produção local para a segurança alimentar?

Isso porque, embora as commodities agrícolas sejam fundamentais para trazer divisas ao País, alimentar rebanhos e produzir biocombustíveis, é da pequena propriedade que sai a maior parte do que comemos. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) calcula que 80% da produção global de alimentos vem de produtores de pequeno e médio portes.

Esses produtores precisam de condições tecnológicas e financeiras para ampliar sua produtividade e, ao mesmo tempo, permitirem uma produção regenerativa, de baixo carbono.

Agriculture

Como a ciência pode contribuir para a modernização da agricultura?

Exemplo disso é um projeto desenvolvido no Cerrado brasileiro, mais especificamente em Canarana (MT), com pequenos produtores de mel e grandes fazendas de soja e milho. Os apicultores alugam suas abelhas para a polinização das lavouras, uma parceria que gera renda extra para os pequenos e aumento de produtividade e redução no uso de defensivos químicos nas grandes propriedades. Um exemplo que a Fundação Bunge teve oportunidade de apresentar num dos capítulos do livro.

Ressaltamos a aplicação prática de conhecimentos desenvolvidos pela


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